O Tecelão das Paisagens |
![]() |
![]() |
![]() |
OTECELÃODEPAISAGENS
MARCO ALEXANDRE
DA
COSTA ROSÁRIO
POESIA, MÚSICA & PINTURA
Um Livro-Música da
EEDITORA MORANGOS & UVASE (SEACULUM OBSCURUM)
*BLITZBUCH*1986
(SUMÁRIO – O TECELÃO DE PAISAGENS)
PARTE I
NO FRÊMITO DOS VENTOS INTERIORES
PARTE II
A CATEDRAL DO CORAÇÃO SILENCIOSO
(PRÓLOGO)
(Tocata e Fuga em Ré Menor, BWN 565 – J. S. Bach)
Sombras no pátio da catedral...
Antigos sonhos
enquanto a mulher vestida de negro
engole a eternidade
em imaculada insanidade
Eu a vi bebendo o tempo
perto da Cruz
Lágrimas por si mesma
junto ao pé da Cruz
*Poema composto em 2002.
PARTE I
GERAÇÃO
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Uma nova geração nas portas da próxima salvação
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Uma nova geração ajoelhada perante a inevitável mutação
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Pequena flor-sol Virgem Ante o silêncio Das mãos do monge
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Uma nova geração em uma nova expiação
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Uma nova geração em profunda gestação
com as mãos nas portas da salvação
Gritos infernais
Portões em chamas
Céu aberto
e a doce procissão
em volta das velas
enquanto o tempo passa por uma fresta de loucura adormecida
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
As garotas estão oferecendo suas entranhas e mistérios ao homem negro
enquanto o tempo passa por uma fresta de loucura adormecida
Magnífico cortejo!!!
Elas, agora adormecidas em sonhos,
castram o jovem embaixo do relicário
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Uma nova Geração nas portas da aflição
GERAÇÃO GERAÇÃO GERAÇÃO
Uma nova geração nos mistérios de uma nova gestação
*Poema reconstituído em 2002.
ORNAMENTO(De Todos os Sonhos) (Concerto Brandenburguês nº 3, em sol maior, Adagio – J. S. Bach)
A Mulher no Jardim A Mulher no Jardim Riu para os teus Sonhos Riu para os teus Sonhos Convidando os teus olhos Implorando pela Derrubada A entrarem num rio Azul de seu Castelo
A Mulher no Jardim Ela perdeu seu Reino Riu para os teus Sonhos Ela perdeu sua Alma A Mulher no Jardim Dama Burguesa Riu para os teus Sonhos Sem Existência
Seios de Porcelana Barco Vazio Mãos de Marfim No Rio da Demência Olhos de Safira Todos os SonhosLábios de Rubi Oriental Adormecidos em seus Olhos Beleza e Vazio Jazem Apodrecidos Morte e Destruição Em Leitos de Ilusões Para os teus Sonhos A Mulher no Jardim Houve um Tempo em É um Rio em teus Olhos Que ouvias o SilêncioAgora és Conduzido ao Abismo
A ILHA
há uma Terra Além das Montanhas há uma Terra Além do Oceano há uma Ilha no Coração do Mar Lá os homens estão mortos, Encantados por Feiticeiros e Magos Em suas Florestas Celebram Rituais Um homem de muitos dias Constrói um Barco
Há Castelos e Reis, Tesouros sem fim E Ninfas para iludir Olhos humanos Um homem de muitos dias Constrói um Barco
NO FRÊMITO DOS VENTOS INTERIORES
Eu vou caminhando sobre as águas ao anoitecer
Pela floresta, Milhares de espíritos vagueiam enquanto no rio dormem botos e ninfas em castelos esquecidos
antigos habitantes, festas no círculo das flores
e pequenas borboletas brancas brincam na celestial escuridão
Eu vou caminhando sobre as águas ao anoitecer
Eu vou caminhando sobre as águas ao anoitecer
Eu vou caminhando sobre as águas ao anoitecer
Eu vou caminhando sobre as águas ao anoitecer
*Poema reconstituído em 2002.
PARTE II
OS SETE SÁTIROS
Pequeno homem Colhendo flores no campo
E então as harpas podem ser ouvidas De muito longe
Pequenos habitantes Das rochas e das folhas
E flautas tocadas com delicadeza
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
E flautas tocadas com delicadeza
E a garotinha é levada para as profundezas do rio
Adormecida adormecida adormecida
E pequenos passos em pequenos lençóis de seda
E pequenos senhores em pequenos cavalos
Ela adormeceu em suas pequenas folhas
e os sete sátiros tecem estranhas canções
Iluminados pelo luar
E ela sabe onde está seu coração
Mas a escura água do rio não mostra
não mostra
não mostra
não mostra
não mostra
não mostra o encantado festim
E flautas tocadas com delicadeza
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros...Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros...Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros...Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros...Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
Sátiros...Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros Sátiros
E flautas tocadas com delicadeza
Mas a escura água do rio não mostra
não mostra
não mostra
não mostra
não mostra
não mostra
o encantado festim
*Poema reconstituído em 2002.
A DANÇA DAS LUZES
O leve balé dos sapos Teve início em algum lugar escuro
na beira do rio
Bar onde borboletas estúpidas vão buscar o néctar E todos nós completamente felizes
Um milhão de sapos
Dançando nas luzes
Dançando nas luzes
Dançando nas luzes
Você os viu?
Um milhão de sapos
Dançando nas luzes
Dançando nas luzes
Dançando nas luzes
E uma jovem mulher branca fica nua em meus sonhos
Cabelos Negros, Cabelos Negros, Cabelos Negros
E uma jovem mulher branca fica nua em meus sonhos
Cabelos Negros, Cabelos Negros, Cabelos Negros
E uma jovem mulher branca fica nua em meus sonhos
Cabelos Negros, Cabelos Negros, Cabelos Negros
E uma jovem mulher branca fica nua em meus sonhos
Cabelos Negros, Cabelos Negros, Cabelos Negros
Imaginário rio... Tu que iluminas Todas as agonias do dia acolhe um milhão de sapos Mortos no calor do sol
Um milhão de sapos
Dançando nas luzes
Dançando nas luzes
Dançando nas luzes
*Poema reconstituído em 2002.
ETÉREO
Sobrecopa Sombria Cólera
Em Meus Olhos Sitiada Caindo em Espiral Vaga a Geração em Ruínas No interior da Mortalha Em sua Sepulcral dos Ilusão Prazeres Respira a Fragrância Enlutada Entre os Dias da os Cova Secular Devaneios da Como Mãe-Terra Um Constróem Muralhas de sonhos Antigo e Feroz Oculta Desejos Fúnebres no Ancestral Tronco oco do Conhecimento Nossos Risos Nossas Lágrima Resplandecem Resplandecem Como Como Lágrimas Incandescentes Risos Incandescentes Abaixo Abaixo dos dos Raios do sol Raios do Sol
ACATEDRALDOCORAÇÃOSILENCIOSO
Apodrecimento Féretro da da Existência Existência Reino Imaculado no de Tumulto Lágrimas da Tão Profundo Audiência e Marcha Alucinado com e Resistência Agonizante ao Tapete seu de Heresias Destino
O Homem é Um Abismo
Na Catedral, em uma Caixa De Cristal, jaz um Coração Envolvido num Manto Escarlate Por Longos Dias de Esquecimento
Enquanto o mendigo toca sua gaita no átrio & Carros passam e cães latem
MÚSICAS
MÚSICAS DO LIVRO-MÚSICA “O TECELÃO DE PAISAGENS” (compostas, tocadas e gravadas em março de 1986).
1. Geração – (incluindo o Prólogo - Tocata e Fuga em Ré Menor, BWN 565 – J. S. Bach) (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: piano, órgão, violão eletrificado, bateria eletrônica e efeitos sonoros.
2. Ornamento (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: órgão, piano e efeitos sonoros (Concerto Brandenburguês nº 3, em Sol Maior – Adagio – J. S. Bach). 3. A Ilha (Marco Alexandre Rosário).
4. No Frêmito dos Ventos Interiores (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: violão, piano e órgão e efeitos sonoros (teclados).
5. Os Sete Sátiros (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: piano, harpa nordestina e violão eletrificado.
6. A Dança das Luzes (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: órgão, violão eletrificado, piano, bateria eletrônica e efeitos sonoros (teclados).
7. Etéreo (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: violões eletrificados e efeitos sonoros.
8. A Catedral do Coração Silencioso (Marco Alexandre Rosário). Gravado em Belém, Pará. Instrumentos: violão, órgão, gaita e efeitos sonoros. |