POEMAS
MARCO ALEXANDRE DA COSTA ROSÁRIO
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EDITORA MORANGOS E UVAS (SEACULUM OBSCURUM)
*BLITZBUCH* *1984*
Nolite Sanctum Dare
Canibus Nec Mittatis
Margaritas Ante Porcos
Ne Conculcêt Pedibus Et
Côuersi Dirumpat Vos
Ihr Fout Daz Beiligtum Nicht
Den Hunden Geben, Und Eure
Berlen Follt Ihr Nicht Vor Die
Gäue Merfer, Auf DaB Fie Die
Felben Nicht Zertreten mit Ihren
Jüben Und Fich Menden
Und Euch Zerreiben
Give Not That Which is
Holy Unto The Dogs,
Neither Cast ye your
Pearls Before Swine
Lest They Trample Them
Under Their Feet, And Turn
Again And RendYou
Ne Donnez Pas Les Choses
Saintes Aux Chiens Et Ne Jetez
Pas Les Perles Devant Les
Pourceaux, De Peur Quils Ne
Les Foulent Aux Pieds Et Que,
Se Tourant Contre Vous
Ils Ne Vous Déchirent
Não Deis Aos Cães
O Que é Santo, Nem
Lanceis Aos Porcos As
Vossas Pérolas, Para
Que Não Suceda Que
Eles As Calquem Aos
Pés e, Voltando-se Contra
Vós, Vos Dilacerem.
SUMÁRIO (POEMAS)
1. ISABELLE
2. RAMZA
3. ANDREA
4. SILVANA
5. DOCE ILUSÃO
6. MENSAGEIRO DOS PORTAIS DE VIDRO DA LOUCURA
7. REFRAÇÕES DA INFÂNCIA
8. ZÁCRATA
9. LEMBRANÇAS DE UM AMIGO
10. SUBTERRÂNEO DO DELÍRIO
11. BELA CRIANÇA
12. MENINO POBRE
13. SIR GALAHAD ENTRE AS FLORES DA PRIMAVERA
14. AS PÉROLAS
15. WOODSTOCK, HAIGHT HASHBURY, (PAZ E AMOR)
16. POEMA CIRCULAR
17. POEMA PARA O SILÊNCIO
18. ALGUMAS PALAVRAS (A ESCADA)
19. FOGO, ÁGUA, SOLO
20. EL CANTO DEL PÁJARO DEL TIEMPO
21. DO OUTRO LADO DA PORTA
22. RAIOS DA MANHÃ
23. (Fragmento de um poema não identificado)
ISABELLE
Na beira do mar
As palavras adormeceram
Envoltas nas ondas
Olhos azuis
Grandes olhos azuis
Bela mulher européia
Adormecida em meu corpo
Algodoal
Algodoal
Algodoal
Algodoal
*Poema reconstituído em 2002.
SUMÁRIO
RAMZA
Finos lábios
Da doce burguesa
Que me leva em seu carro
Para minha casa
Como num sonho
De
Criança pobre
Orações na noite
Enquanto o carro
Segue um rumo desconhecido
*Poema reconstituído em 2002.
SUMÁRIO
ANDRÉA
Os sonhos ocultos
No pátio do colégio
São agora convertidos
Em Desejos proibidos
Num quarto
A mulher de cabelos negros...
Quanto encanto
Escondido
No tempo noturno
*Poema reconstituído em 2002.
SUMÁRIO
SILVANA
Guinnevere
Cabelos dourados
Mamilo rosa
Olhos azuis
Estranho encanto
Confinado
Na escuridão do cérebro
Guinnevere
Guinnevere
Sorriso lapidado
No vento
Guinnevere
*Poema reconstituído em 2002.
SUMÁRIO
DOCE ILUSÃO
I
Doce Ilusão é a Vida Para
Quem Ama, Ilusão de Dor e
Angustia.
Bolas Coloridas Correm No
Coração de Antônio.
Isabela na Janela a Chorar,
Espera Antônio Que Não Quer
Chegar.
II
A Chuva Cai Pelo Calçadão, a se
Misturar Com as Lágrimas de
Isabela.
Antônio Caminha Vagaroso Pela Rua
Enquanto Pensa em Isabela.
Ele tem Outra No Coração.
Isabela Na Janela, Antônio Na Rua
A Olhar a Chuva Que Cai.
III
Os Anos Passaram e Antônio Não
Chegou. Isabela Não Está Mais
Na Janela e a Chuva Parou.
Seu Coração se Despedaçou
Como a Gota de Orvalho Que
Vai ao Chão.
Tudo Não Passou de Ilusão.
IV
Dura é a Vida Para Quem Ama
E Duro é o Caminho a ser
Seguido. Doce Ilusão Que o
Destino Encarrega-se de
Destruir.
Dura é a Vida Para Quem
Nunca Amou.
SUMÁRIO
MENSAGEIRO DOS PORTAIS DE VIDRO DA LOUCURA
I
Doce Criança Triste,
Farfalhando as Asas
Sobre a Incansável
Canção do Vento.
II
Silencioso Portal de Vidro,
Gentil Sombra Fina de
Loucura, Túnel Crepuscular
Decadente, Sepultura de Cristal.
Tristonho Cadáver em
Putrefação, a Terra
Levará Tuas Entranhas.
Cálido Seio na Escuridão,
Cravado Por Trêmulas
Mãos Envelhecidas.
No Lago do Firmamento
Melancólica Canção foi ouvida,
Vinda de Estranhos Rostos
Entristecidos. Ninfas Brancas
Passam Encantando os
Moribundos.
III
Doce Criança Envelhecida,
Fiando Antigas Palavras
Sobre os Retalhos do
Passado.
Teus Olhos Devorando
as Entranhas da minha
Alma.
Rua Deserta,
Quem Passa Não Percebe
o Quanto Ela Envelheceu.
Mas tu, Minha Amiga,
Percebes. Percebes Que Só
Se Conhece a Felicidade
Com a Morte.
SUMÁRIO
REFRAÇÕES DA INFÂNCIA
Longos Cabelos Caminham
Pelas Flores Da Janela.
Sons Coloridos Jorram de
Rostos Desconhecidos.
Paredes Cor de Rosa.
O Azul é Verde,
O Verde é Azul.
Sussurros Atrás da Porta.
Voz Sufocada, Arrogante,
Arrastada, de Alguma
Mulher, Embaçada de Dor.
Vidraças Coloridas, Verde, Azul,
Rosa, Lilás, Vermelha, Torturam-me
os ouvidos.
Jardins Perdidos,
Passeio Inacabado,
Noite Sufocante,
Barulho Agudo,
Casa Deserta,
Quarto Vazio e Escuro,
Medo da Solidão.
Alguém Saiu, Escondeu as
Chaves e Deixou-me
Oculto, emparedado Nos
Sons Alucinantes e Cores
Berrantes.
Uma Mulher Com Longos
Cabelos Arranca Um Grito
Sofredor das Paredes.
Olhos Claros, Multicores.
Rua Solitária,
Vitrais Coloridos,
Noites Abafadas,
Vozes Perdidas,
Lagos Distantes,
Gritos Desesperados.
Há Sangue e Tristeza
Na Casa.
Os Anos Passaram,
Algo Ficou Perdido.
O Tempo Arrastou
as lágrimas e não
Deixou Ninguém nada Contar.
SUMÁRIO
ZÁCRATA
Morta Tempestade Solitária
Se Ouve a Distância, Trazendo
Lembranças de Teu Belo
Rosto Infantil.
Queria eu tocar, uma última
Vez , as Mãos em teus alvos
Seios, e te Oferecer Mais Uma
Colher do Meu Sangue
Agora, envolto na Mortalha,
Adormeço no Seio da Ilha
de Zácrata, e Sinto a Falta
do Perfume de teus Cabelos.
As Ondas do Oceano
Invadem os Portões de
Ferro do Castelo da
Solidão. Ao Longe se
Ouve a Bizarra Dança
dos Garfos. Os Olhares
dos Hipogrifos torturam-me
a alma.
Vês, Minha Bela,
a Solidão de teu
Amado.
Todas as noites adormeço
Olhando da Masmorra as
Ondas do Oceano, Desejando
Teu Corpo Perto do Meu.
Tocar tuas Mãos já
Seria um Alento.
Se pudesse eu sair Deste
Castelo, e Ouvir uma Vez
Só o Doce Alaúde, Correria
Contigo Pelos Campos de Cristal
Em Busca da Eternidade.
Estranha Ilha de Zácrata,
Por quê me tiraste minha
Amada!
O Estrondo da Arrogante
Dança de teus Garfos Não me Agrada.
Estou Recluso em teus Portais,
Aguardando o Crepúsculo de
Meu último Delírio, Consolando-me
Em Rebuscar no Relicário
a última Lembrança e os
Delicados Fios de Cabelo
de minha Amada.
SUMÁRIO
LEMBRANÇA DE UM AMIGO
Bom foi ter te
Conhecido na Caminhada
de minha Vida.
Aqueles Belos Dias
Jamais Esquecerei, Por
Mais Que a Fina Brisa
do Tempo Leve de Mim a
Recordação do Teu Rosto.
Bom foi Ter Passado a
teu Lado Aqueles Bons
Momentos, e Sei Que Onde
Estiveres ainda te Lembras
de teu velho Amigo. Talvez
te Reste um Pouco de Amor,
no Coração, Daquela Moça
a Quem tanto Amavas.
Também no meu Ainda Resta
a Doce lembrança da minha
Bela Amada.
Mas o tempo passa,
Companheiro, Separando
Aqueles Que um Dia Tanto
Se Amaram.
Passa sem Resposta,
Deixando Apenas Uma
Triste Recordação de
um Terno e Alegre
Passado.
Sim, Aqueles Foram Belos
Dias, Cheios de Cores e
Sonhos, de Inocência e
Fantasia.
Mas tudo Passou, e tudo
o que um Dia foi Novo e
Juvenil a Ferrugem do
Tempo Corroeu, Deixando
Como Recordação Apenas
estas Tristes e Antiquadas
Palavras.
Sim, os Anos Passaram e o
Poeta Que tanto Almejava a
Liberdade Tonou-se
Escravo da Solidão e da
Saudade. Cada um segue Alheio
Seu Caminho, e Cada um
Caminha Solitário Pelas Ruas
do Passado. Os Anos Passaram
e quase nada deixaram
Além do som da tua
Bela Voz e a Lembrança
de teu Rosto. E Agora, abro
as Velhas Portas da
Saudade e Caminho, Calado,
Pelos Campos do Passado,
e uma Grande e Triste
Lágrima Brota dos meus
Olhos Quando Encontro na
Prateleira da Memória o
Teu Velho Retrato
Empoeirado.
SUMÁRIO
SUBTERRÂNEO
DO
DELÍRIO
I
Fonte Cristalina de delírio,
Jorrando Lágrimas para
O Destino, Lamentando o
Desespero do fim do Dia.
II
Sobre o Banco do Jardim,
Adormecidas pelas Cinzas do
Entardecer, Estão as Portas
Do Subterrâneo do Delírio.
Abro-as sem Ruído Fazer;
Caminho Por suas Ruelas,
Cercado pela Escuridão.
III
No Grande Cemitério
A Morte e a Solidão,
de Mãos dadas, Percorrem
as Profundezas da Alma
do Enlouquecido Barqueiro
do Mar de Delírios.
IV
Caminho entre Sepulturas
De Antigas e Estranhas Almas.
As Portas do Grande Salão
Abrem-se Diante de meus
Olhos.
Velhas Pinturas Cobrem
as Paredes....Tudo é pó.
Detrás de uma Enorme
Cortina Surge uma Mulher.
Atravessa, Desesperada, o
Grande Salão, em Busca
da Eternidade. Mas as
Vozes Não Mentem.
- Ela Está Morta.
V
Rosto Pálido de Criança,
as Palavras Consoladoras
o Tempo Sepultou
SUMÁRIO
BELA CRIANÇA
Muito Pouco Restou
de ti, Bela Criança.
Os Cabelos que antes
eram Dourados como
Ouro, agora são negros
como as frias noites
de inverno. Da tua
Fina Pele Restou uma
enrugada e feia mortalha, que a
Ninguém mais dá felicidade.
Muito Pouco Restou.
Dos teus olhos, que
Antes a todos agradavam,
Restam olhares Calados,
Cansados de tanto ver e
Chorar. Olhares que não
Agradam mais as Meninas
dos Grupos Escolares.
Muito Pouco Restou de ti, Bela
Criança. Teu coração, que antes
Fora Belo e Orgulhoso, transformou-se
em uma rocha onde as ondas
do mar Batem sem parar,
Ano Após Ano, Século após
Século.
Não sentes, Bela Criança, a
Falta de uma Mão Fina e
Delicada para Acariciar teus
Negros Cabelos?
Não te tortura, Bela Criança,
a Solidão de teus Dias?
No Passado tiveste quem
Te Amasse e que por ti
Daria a Vida. Naqueles Dias
Não deste tanta importância
Assim. Na Aurora de tua
Vida Desprezaste o Amor
Alheio.
Mas Agora, Sentada No Último
Banco do ônibus, não tens
Uma Casa para Acolher-te.
Ninguém mais quer ouvir tuas
Lamentações. Teus Belos Olhos
a ninguém mais traz alegria.
Todos cansaram do teu cinismo.
Pareces Velho e Entristecido,
com os olhos voltados para
fora do ônibus, contemplando as
tristes construções da cidade
Velha, Procurando Alguma
Moça Que faça-te Feliz Novamente.
Estais Cansada de uma vida
Sem Companhia, Cansada de
tanto Andar pelas Ruas Desta
triste Cidade. E em teu Coração
trazes uma antiga Lembrança
de Alguém que no Passado muito
Amavas. Trazes uma Bizarra
Canção Dentro do teu peito Que,
Vez por outra, Soa Clara e
Insistente, e ainda te traz
Alguns Momentos de Felicidade.
É... Muito Pouco Restou.
Daquela Bela Manhã Resplandecente
Restou uma Noite triste e
Quente.
Daquela Bela Criança Restou
Um feio e triste Velho.
Daquela Linda Primavera
Restou um duro e longo
inverno.
E hoje, quando olho-te no espelho,
Bela Criança, compreendo porque de ti
tão pouco restou.
SUMÁRIO
MENINO POBRE
Menino Pobre
Andando na Solitário Rua
Sobre a Pálida Luz
dos Postes,
Deixando uma Lágrima
Em Cada Esquina.
Menino Pobre
na companhia de
Estranhos Homens,
Vendendo Jornal na
Triste Manhã de Domingo.
Sobre os Corações de Pedra
Desta Cidade,
Ele Descansa seu Rosto
Nas frias Calçadas
Do Inverno.
E quando o Natal Chega
Ele pode ver o Menino
Rico sorrindo com seu
Brinquedo.
Então, Ele Partirá Silencioso
Pela Rua da Solidão.
Menino Pobres
Perdidos na Multidão
Levando o Silêncio
da Madrugada
Com Lágrimas em
Seus Corações.
SUMÁRIO
SIR GALAHAD
ENTRE AS
FLORES
DA
PRIMAVERA
Sir Galahad
Entre as Flores
da Primavera
Caminha em Busca
do Santo Graal.
Somente homens
de Puro Coração
Podem Ver as
Ocultas Flores
de Deus.
Sir Galahad
em Busca
do Santo Graal entre
as Flores da Primavera.
Seus Olhos
Contemplam
o Céu Azul em Torno
de seu Coração.
Oh Galahad!
As Espadas
dos Homens não
Criam felicidade,
Apenas semeiam Guerra
E Tristeza.
Entrega Tua Vida
ao Salvador
e as Flores da Primavera
serão Eternas
em Teu Coração.
Oh Galahad!
O Senhor Está Entre
as Flores do Teu
Coração de Criança,
e os Sorrisos de Alegria
de teus Lábios
Só Encontram a Eterna Caminhada
na Eterna magia.
Sir Galahd Anda
Pelas Montanhas Verdes
do Reino de Longres
Em Busca do
Santo Graal
Sorrindo para as Flores
da Primavera.
SUMÁRIO
AS PÉROLAS O BARCO
Muitas Vezes
o Barco de Minha Vida
Navega Sem Rumo.
O Senhor me Conduz
Novamente a um Porto Seguro.
Por Distantes Terras
Tenho Andado,
Mas Ele Vem Sempre
e com suas mãos
Me Conduz para uma
Nova Manhã
de Sol.
Ele me deu
Pérolas de Eternidade;
Sempre as Perdi,
E Agora Peço Perdão.
No Céu Há Tesouros
Eternos.
SUMÁRIO
WOODSTOCK, HAIGHT HASHBURY, (PAZ E AMOR)
I
Paz, Paz, Paz, Paz,
Paix, Paix, Paix, Paix,
Pace, Pace, Pace, Pace,
Peace, Peace, Peace, Peace,
Friede, Friede, Friede, Friede,
Pacem, Pacem, Pacem, Pacem,
a Flor Vencerá o Canhão.
II
Era de Aquário
III
Amor, Amor, Amor, Amor,
Amour, Amour, Amour, Amour,
Amore, Amore, Amore, Amore,
Love, Love, Love, Love,
Liebe, Liebe, Liebe, Liebe,
Amorem, Amorem, Amorem, Amorem
a Paz e o Amor são mais
Temidas que a Guerra e o Ódio.
IV
Deixe o Sol Brilhar.
SUMÁRIO
POEMA CIRCULAR
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SUMÁRIO
POEMA PARA O SILÊNCIO
SUMÁRIO
ALGUMAS PALAVRAS
(A ESCADA)
Ver este poema na seção de Fotos e Pinturas

SUMÁRIO
FOGO, ÁGUA, SOLO
Espero Que tu Decifres minha
Música Porque ela foi feita por
Deus, e a Escute com o Espírito
e não com o Ouvido.
Eu Posso Apenas te Mostrar o
Caminho, mas não te Obrigarei
a segui-lo. Tu és Livre para
Escolher.
É Apenas a Grandeza do Fogo
É Apenas a Grandeza da Água.
É Apenas a Grandeza do Solo.
Espero Que tu Decifres as
Flores porque elas Foram Feitas
Pelo Criador, e as Sintas com o Olhar
e não com as Mãos.
É Apenas a Criação do Sol.
É Apenas a Criação do Mar.
É Apenas a Criação da Terra.
Espero Que tu Decifres o
Amor Porque Ele está Dentro
de Nós.
É Apenas a Vontade do Criador
É Apenas o Desejo do Criador.
É Apenas a Criação.
SUMÁRIO
EL CANTO DEL
PÁJARO DEL TIEMPO
Sobre La Colina Pasa
Uno Pájaro Del Tiempo.
De su Canto La Vida
Traduce La Eternidad.
La Gloria Está en
Todo Lugar, Ella
Tiene La Esencia
Del Creador.
SUMÁRIO
DO OUTRO LADO
DA PORTA
Azuis Nuvens Passam
em Frente a meus Olhos,
Perdidas Dentro do Meu
Quarto. Passam em Frente
Ao Espelho, Dando Enormes
Gargalhadas Sinistras,
Possuidoras do Destino
de Algum Manicômio.
Espectros Multicores
Atravessam meus Livros,
Bloqueando o Corredor
das Portas da minha
Mente.
O Seio Branco
de uma Estranha Mulher
Encara-me, Torturando meus Sonhos.
Meus Trêmulos Dedos
Atravessam sua
Carne sem Vida, Minha
Boca Arranca-lhe
Suspiro e Agonia.
Seus Olhos Apavorantes
Penetram no Doce Odor
Vermelho das Notas
Musicais Que Jorram
das Paredes.
Estranhos Pássaros Voam
Entre as Cortinas de meu
Pesadelo, Estranhas Cortinas
Cinzentas Cheias de Medo.
Um verme Dilacera, com
Uma Espada de Lágrimas,
Metade de minhas veias.
O Que Existe do Outro
Lado da Porta? Existe um
Enorme Deserto de Areia
Azul.
Há Vozes Antigas e Bizarras,
Vozes Que a Tempestade
Leva Para as Profundezas
do Oceano. A Solidão
Descansa Num Banco
Olhando a Imensidão.
Lagos Antigos Aprisionam
Rostos Entristecidos.
Tudo isso há do Outro
Lado da Porta. Um Mar
Sobre o Deserto Agita
Suas Ondas Contra o
Firmamento.
Visões Perdidas no
Fundo de um Copo
de Vinho.
SUMÁRIO
RAIOS DA MANHÃ
A Manhã já vem Raiando
E eu ainda estou Aqui.
A Cidade já está Acordando,
o Mar já está Brilhando,
o Vento Arrasta meus
Pensamentos, e o som
Ainda é o do meu Coração.
O Sol já está Brilhando
Para a Vida.
O Sol já está Brilhando
Para o Dia.
A Solidão ainda é minha Companheira.
As Lágrimas escorrem dos
meus olhos, e eu ainda estou Aqui...
Esperando Alguém Que jamais retornará,
e a Noite já vai embora,
Eu Ainda Estou Aqui.
SUMÁRIO
(Fragmento de um poema não identificado)
Veio a Noite... uma Lança
Romana Atravessou seu
Coração,
e o Dia Que era Belo
Ficou Triste.
Mas Outro Dia Nasceu
e, como as Flores da Aurora,
Ele Renasceu
e Trouxe aos Homens,
o Eterno Reino Deus.
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